domingo, junho 18, 2006

JANTAR DE HOMENAGEM A FERNANDO BIZARRO
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Leonardo

“De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que, através do seu espírito e da superioridade da sua inteligência, possamos atingir o Céu” Assim o descreveu o seu primeiro biógrafo, Giorgio Visari

Filho de um escrivão florentino e de uma aldeã, Leonardo de Vinci nasceu em 15/4/1452. Existem dúvidas quanto ao local do seu nascimento, contudo, o mais consentâneo, é o próprio lugar de Vinci, perto dos montes Albanos, entre Florença e Pisa.
Foi considerado um dos mais notáveis pintores do Renascimento e possivelmente o seu maior génio, pois além de pintor foi um excelente anatomista, engenheiro, matemático, naturista, arquitecto, inventor e escultor. Como artista conseguiu o reconhecimento e o prestígio das pessoas da sua época.
Os seus projectos e estudos ficaram, quase sempre, escondidos em cadernos de anotações, muitas vezes escritos em código, não estando ainda hoje todos estão decifrados.
Na adolescência estagiou na oficina de Andrea Verrocchio, um dos mais importantes artistas da época, em Florença.
Em 1482, quando concluía a sua primeira grande obra, a Adoração dos Reis Magos, foi convidado por Ludovico Sforza, para a sua magnífica corte em Milão, onde lhe encomendou a estátua equestre de seu pai. Viveu em Milão de 1482 a 1499 desempenhando as funções de escultor e engenheiro.



Foi em Milão que pintou a Última Ceia, considerada por muitos a sua obra prima.
Em 1499, quando Milão foi conquistada por Luís XII de França, Leonardo abandonou a cidade. Depois de uma curta permanência em Mântua até 1500, onde contou com a protecção da duquesa Isabella Gonzaga, seguiu para Florença onde trabalhou até 1506.
É nessa época que se pensa que pintou a sua mais emblemática obra, a Mona Lisa, chamada A Gioconda (quadro à direita). O quadro representa uma bela napolitana, com cerca de 25 anos de idade, a mulher do magistrado florentino Francesco del Giocondo, daí o nome Gioconda.
Em 1506, a convite do Marechal de Chaumont, braço direito do rei da França na Lombardia regressou a Milão. Mas em Setembro do mesmo ano regressou a Florença para resolver um problema de herança onde permaneceu até 1511.
Em 1512, Leonardo resolveu transferir-se para Roma, onde havia intenso movimento cultural. O Papa Leão X, um Médici seu grande admirador arranjou-lhe local adequado para trabalhar com os seus alunos.
Aparentemente favorável, o ambiente romano acabou se revelar adverso a Leonardo. Talvez devido aos seus estudos na tentativa de compreender os gases, mandar secar vísceras der animais e enchendo-as de ar com um fole de ferreiro, estudava-lhes o comportamento. Mas, além das suas experiências científicas serem mal interpretadas, uma geração mais jovem, que tinha como expoentes Michelangelo e Rafael, conquistava as preferências dos nobres. Não hesitou, portanto, em aceitar o convite de Francisco I, sucessor de Luís XII no trono da França, para morar em Cloux, perto de Ambroise, no castelo com que o soberano o presenteara.
Na França, Leonardo viveria os seus últimos dias.
Morreu a 2 de Maio de 1519, após receber os sacramentos da Igreja e, ao que consta, nos braços do rei Francisco I.
(O quadro à esquerda é conhecido como a Dama com Arminho) Em todos os lugares, onde quer que estivesse Leonardo reunia sempre uma pequena multidão em praças públicas, para expor as suas ideias de engenheiro, físico, pintor, escultor, filósofo e poeta. Ele sabia pender o público com anedotas espirituosas que inventava. Mais do que com anedotas, Leonardo deixava o público boquiaberto com os seus mirabolantes projectos de máquinas para fazer o homem voar, barcos capazes de navegar sob a água e infernais armas de guerra.
Leonardo foi um investigador de primeira ordem, dotado de um espírito incisivo e de um sentido crítico muito apurado. Queria aumentar os seus conhecimentos por meio das suas pesquisas e experiências pessoais, recusando subordinar-se ao ensino das chamadas autoridades. “Os que só estudam os velhos autores e ignoram a própria natureza não são filhos, mas enteados, dessa mesma natureza”, dizia ele. Com estas palavras exprimia uma concepção do mundo completamente nova.
Visari tinha toda a razão a respeito de Leonardo, só um homem verdadeiramente excepcional conseguiria abarcar tanto conhecimento.
Como físico enunciou princípios e procurou respostas.
“Nenhuma coisa se move por si mesma, mas o seu movimento é produzido por outros”
“Todo o movimento tem de ser mantido, ou seja, todo o corpo em movimento move-se enquanto conserva a impressão da potência do motor”
. Era a introdução à lei da Inércia.
Como anatomista, estudou mais anatomia do qualquer outra pessoa, demonstrando por meio de dissecação a estrutura dos músculos, nervos, veias e intestinos de corpos, tanto de homens como de mulheres e animais.
Pesquisou a estrutura dos ossos, representando em figuras o tórax, a bacia e a coluna vertebral.
Analisando o sistema urogenital, fez observações notáveis sobre a placenta, o cordão umbilical e nutrição letal.
Examinou ainda o sistema nervoso central e periférico, bem como os órgãos dos sentidos. Estudou o coração, concluindo que esse órgão é massa muscular alimentada por artérias, possuindo movimento como os outros músculos. Curioso foi ele não ter descoberto a função de bomba do coração.
A botânica também foi objecto dos seus estudos. Entre outras coisas estudou a influência do ar, da luz solar, do orvalho e dos sais da terra na vida das plantas.
A Química (muito rudimentar na época) também mereceu a atenção de Leonardo, que desenvolveu estudos sobre transformações das substâncias.
Atribuiu grande importância à aplicação da Matemática para expressar as leis físicas. “investigação alguma pode ser chamada de verdadeira ciência se não passar pelas demonstrações matemáticas”.
Na pintura utilizou a técnica artística da perspectiva, uso de cores próximas da realidade, figuras humanas perfeitas, temas religiosos, uso da matemática em cálculo artístico, imagens principais centralizadas, paisagens de fundo, figuras humanas com expressões de sentimento e detalhe artístico.
Principais invenções: máquina voadora, máquina escavadora, isqueiro, paraquedas e besta gigante com rodas.
Principais trabalhos científicos: homem vitruviano, anatomia do tronco, estudo do pé e perna, anatomia do olho, estudo da gravidez.
Projectos de arquitectura: projecto arquitectónico de uma cidade, projecto de um porto, templo centralizado.
Um aspecto curioso de grande parte dos seus documentos é ilustrarem que Leonardo era ambidestro, escrevendo tanto da esquerda para a direita como vice-versa.

10 Comments:

Blogger Leonor said...

ola augusto. muito se podera dizer sobre leonardo, tirando os pormenores leves que a historia nos da a conhecer.
fizeste uma artigo excelento com muito cuidado ja muito habitual em ti.
eu gosto muito de leonardo excepto aquele defeitozinho que ele tinha de proscrstinar as coisas.

abraço da leonor

8:03 da tarde  
Blogger Maria said...

Desculpa, não li. Hoje não consigo. Mas vim aqui deixar-te uma palavra: obrigada.
Um beijo para ti tb.

11:32 da tarde  
Blogger Unknown said...

Hoje, 19 eh o 2o aniversario da nossa doce Carmencita e estas convidado para partilhar de nossa alegria...
Muitos beijos!

3:33 da manhã  
Blogger A Sonhadora said...

eheheh...é verdade Augusto...não imaginava que as minhas escrevinhadelas..provocavam tanta taquicardia....
Beijão da sonhadora

10:21 da tarde  
Blogger Å®t Øf £övë said...

Augusto,
Bellíssima biografia de uma forma resumida nos deixas aqui. Por esta biografia é perfeitamente perceptivel que ele foi na realidade um grande homem, a quem nós devemos muito do que somos hoje. Isto porque foram pessoas como ele que fizeram com que a humanidade avançasse mais rapidamente num curto espaço de tempo.
Abraço.

11:16 da tarde  
Blogger A Sonhadora said...

Olá Augusto, boa noite.Obrigada, então sábado lá nos encontramos.
Até lá, uma beijoca da sonhadora

10:14 da tarde  
Blogger Thiago Forrest Gump said...

Um gênio como este só nasce de 2 em 2 séculos eu acho.

5:58 da manhã  
Blogger Alberto Oliveira said...

Leonardo foi uma figura incontornavel do seu tempo e de todos os tempos; incansável na procura de respostas para os problemas do homem de então e de uma rara sensibilidade artística que ultrapassava o mero retrato de figuras reais ou fictícias.


Abraço.

5:27 da tarde  
Blogger BlueShell said...

Aprendo sempre imenso quando venho, como hoje, com tempo para reter toda a informação que connosco partilhas! Obrigada!

Olha...uma mulher apaixonada...pode ser bastante "atrevidota"...heheehehe

Jinho, BShell

9:23 da tarde  
Blogger Peter said...

Aprendo sempre aqui algo

12:13 da manhã  

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