sábado, novembro 26, 2005



Sejamos todos Aquarianos
A Era Aquariana é uma era de Fraternidade universal e já observamos, à nossa volta, movimentos para a eliminação de barreiras e preconceitos raciais. Na actualidade, este resultado tem sido obtido, muitas vezes, através do derramamento de sangue e rebeliões. A espada, que governa a Era de Pisces, é ainda poderosa, mas cederá seu lugar à ciência, à Fraternidade e ao altruísmo, que regerão a Era Aquariana.








A Fraternidade para além da Democracia

A Democracia é a antiga forma de governo exercida pelo povo, através da eleição e delegação de poderes aos governantes, por ele escolhidos temporariamente.
Esta forma de do povo exercer a sua soberania, criada pelos Gregos e que findou com eles, não foi, contudo, estranha aos Romanos que a experimentaram na sua República.
Após o seu desaparecimento, durante os séculos sequentes, diversas formas de governo foram sucedendo-lhe, exercidas sempre à revelia da vontade popular até ao século XIX, quando os Americanos a redescobriram, não por convicção, mas por necessidade de criar uma nação.
A criação de uma nação formada por povos tão heterogéneos, cujo modo de vida se baseava na liberdade pessoal, consentida pelo colonizador que pouca importância lhes dava, além das vantagens económicas, só seria concretizável, se a aglutinação em volta de um ideal não comprometesse a sua liberdade, e essa liberdade seria assegurada pelo seu voto soberano. Assim renasceu a Democracia.
A Democracia não pode ser conectada com a Fraternidade, é uma simples regra constitucional, que se esgota no próprio acto democrático, pondo em pé de igualdade os egoístas e os fraternos, o seu fim não é a partilha mas a exigência.
A consequência primeira da Democracia são os governos, centrais, regionais ou locais, aquém deve ser estranha a Fraternidade, pois o seu dever não é a sua implementação, mas providenciar para que ela nunca seja necessária.
A partilha é o fundamento da Fraternidade, podendo esta ser exercida por democratas ou não, não estando sujeita a qualquer regra, mas só dependente da subvalorização do egoísmo do homem face ao seu semelhante.
O apelo à Fraternidade só deve ser feito, face ao fracasso ou alheamento dos governos, pelas instituições de solidariedade não governamentais, que por sua vez procurarão mobilizar a sociedade civil.
São estas instituições, ao nível das nações, os grandes paladinos da Fraternidade, a sua disponibilidade, partilha e muitas vezes abnegação, são o exemplo maior para todos os cidadãos. Respeitá-los é pouco, a nossa colaboração é o nosso melhor reconhecimento.
Não devemos confundir a Fraternidade social com a Fraternidade política, espírito da Revolução Francesa, que irmanou os Franceses na desmistificação e recusa do poder emanado pelo divino e do autoritarismo da nobreza.
Todos nascemos iguais e iguais seremos na morte, razão pela qual todos devemos ter os mesmos direitos e oportunidades. Assim sonharam os Franceses.
Mas a realidade por vezes é perversa, radicando-se no pesadelo da exclusão involuntária de alguns, desta premissa fundamental da vida. Aqui a Fraternidade colectiva é uma exigência, mobilizadora de vontades e acções, tendentes, não a praticar a caridade, mas a suavizar o infortúnio do nosso semelhante, para quem o sonho ficou por realizar.
A Fraternidade é tanto ou mais importante que a Democracia, se nesta é um dever votar, naquela é uma obrigação ajudar.
A Fraternidade é o bem mais precioso da Humanidade, o que distingue o racional do irracional, sem ela ficaremos acantonados no nosso egoísmo, cuja prevalência nos levará irremediavelmente à auto destruição.
Como nunca sabemos quando podemos vir a necessitar da Fraternidade, o melhor é não a excluirmos das nossas vidas.

16 Comments:

Blogger Å®t Øf £övë said...

Augusto,
Vim ler-te e desejar-te uma boa semana.
Abraço.

9:54 da tarde  
Blogger contradicoes said...

Julgo que ninguém será capaz de interpretar na sua plenitude a democracia sem o sentimento da fraternidade. Por isso estarmos muitos
de nós cientes, de que por cá, vão estando alguns muito bem, de saúde dinheiro e amor, mas não ao próximo.
Com um abraço do Raul

10:12 da tarde  
Blogger Noélia de Santa Rosa said...

Pegando na frase do Raul "...por cá, vão estando alguns muito bem, de saúde dinheiro e amor, mas não ao próximo..."

Eu não acredito na palavra democracia, pelo menos naquela em que "vegetamos", prefiro antes usar uma nova palavra para um novo sistema governativo que mais que sistema pode ser chamado de filosofia de vida: fraternocracia!

Fraternocracia soa-me bem! Soa-me a irmão, irmã, meu igual perante toda a natureza, perante todo um universo a que pertencemos e que esquecemos de olhar e perceber que cada elemento que o constitui tem razão de ser e existir enquanto ser enquanto elemento desse todo vivo.

De que vale ter dinheiro, saúde, uma casa de luxo, o carro topo de gama, o empregosinho que dá "status" se não se partilha, se não existe amor, irmandade, solidariedade e consciência de se pertencer a um todo?

Fica apenas o vazio! E o vazio representa a morte total, a obliteração da existência.

Não é possível viver sem amor, sem partilha de afectos, sem amigos e os amigos fazem-se na partilha e na aceitação das diferenças e nas diferentes opiniões e maneiras de estar.

E que bom é ter amigos como tu Augusto e como os que encontrei neste espaço de blogs fraternos.

Beijos
Noel

11:59 da tarde  
Blogger Unknown said...

Amigo Augosto, eu deixei de acreditar em Democracia e em fraternidade, acho mais duas palavras bonitas, que importa o nome que dás se os bois são sempre bois, tudo é uma questão de filosofia, o que hoje é bom amanhã não é tão bom assim e depois de amanhã já é péssimo, deviamos tentar mudar a mentalidade das pessoas. Aproxima-se uma quadra que me deixa revoltada, pelo novo riquismo o despespesismo, e a maioria nem sabe porque é feriado ou porque estão a dar as prendas onde está a fraternidade, no dinheiro nas prendas !!!
Um beijo amigo

9:18 da manhã  
Blogger hfm said...

Este seu post fez-me lembrar o Hair e a sua canção tema - this is the dawning of the Angels Acquarius...

3:57 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gosto muito dos seus textos, mas custa-me muito lê-los. O fundo preto e letras brancas faz-me doer os olhos. :(

5:19 da tarde  
Blogger Peter said...

Meu caro Augusto, a Democracia do sec V em Atenas, como sabes, não considerava como cidadãos, nem as mulheres, nem os metecos, nem os escravos. Portanto sem direito a voto, o que não é de admirar porque (julgo) as mulheres suíças, só nos anos 20 do sec passado alcançaram esse direito.

Quanto à "fraternidade", não somos dos piores. É ver o sucesso que obteve este ano o "Banco alimentar contra a fome".

7:30 da tarde  
Blogger A. Narciso said...

Plenamente de acordo ctg Augusto. Vamos manter a Fraternidade nas nossas vidas.
Abraço

10:05 da manhã  
Blogger BlueShell said...

Já ninguém gosta de mim....

Bolas!
BShell

10:56 da manhã  
Blogger Maria said...

Partilha. Uma palavra tão esquecida e tão importante. Assim como Fraternidade e Tolerância (esta muito apregoada mas pouco seguida). Três palavras. Três conceitos pelos quais deveríamos pautar as nossas vidas. Tudo seria tão melhor para todos!
Beijos grandes.

6:19 da tarde  
Blogger Unknown said...

O triângulo constituído por estes elementos: Liberdade, Fraternidade e Solidariedade, é absolutamente indispensável nos tempos que correm.
Um abraço, Augusto.

7:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

o fundo preto com letras brancas é das piores telas para se ler texto corrido. O esforço é maior, as letras "fogem". Para ler textos longos é preferível usar fundos claros e letras escuras. Em termos de usabilidade é "chapa 5".

8:43 da tarde  
Blogger AJB - martelo said...

fraternidade? concordo e com outros valores sãos... o pior é encontrá-los como amigos...

9:57 da tarde  
Blogger Mitsou said...

Que a Era de Aquário nos traga a tão esperada e desejada calmaria nos sentires e nos actos humanos.
Obrigada, amigo, por este texto de esperança.
Um beijinho e bom resto de semana.

11:40 da tarde  
Blogger Leonor said...

ola augusto.
fraternidade... um dos principios da revoluçao mais importante da humanidade: a revoluçao francesa. grandes principios que a moveram e depois a contradisseram.

seja como for... a era aquariana faz-se sentir... há mais dialogo nas relaçoes humanas.

abraço da leonoreta

10:30 da tarde  
Blogger Unknown said...

Querido amigo,
Sejamos todos aquarianos... boa sugestao, é verdade! :)
Hoje passei para deixar-te muitos beijos, flores e sorrisos e para desejar-te um lindo fim de semana!

1:15 da manhã  

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