O homem enquanto homem
Com o pensamento de que o Ser é intemporal, infinito, imutável, incaracterístico, o Nada absoluto, tudo o que fosse finito, mutável, característico e relativo, seria o não-ser.
Assim, consubstanciamos a existência como o não-ser, em oposição ao Ser.
Consequentemente, é o homem enquanto homem, que se caracteriza a si próprio, ou seja, é ele que cria todos os conceitos, preceitos e regras para reger a sua existência.
O Ser pela sua intemporalidade é indefinido, enquanto que a definição só é propriedade do temporal. Sendo o tempo sinónimo de limitação, fica implícito nesta, o fim.
O fim, como limite da existência, propicia a valorização desta, sendo o uso fruto da mesma, o seu paradigma.
Como o fim tanto pode ser natural como antecipado, fez surgir um sentimento de auto-perservação em relação ao segundo enquanto evitar o primeiro não passa de uma aspiração.
Desta forma, para se defender desse fim antecipado, estabelece os conceitos, do bem, do mal, do amor e do ódio, do certo e do errado etc. e as regras para a sua aplicação.
Estes conceitos são puramente humanos e não ditados por nenhum “divino” porque o Ser, por definição, é incaracterístico.
A valorização da existência passa indubitavelmente pela satisfação dos desejos e, enquanto tal, a vida pauta-se entre o que aspira e o que concretiza.
O que medeia a aspiração da concretização, é que define carácter, que pode ir de uma simples e inconsequente veleidade à destruição do que a pode inviabilizar.
A intransigência da vontade do desejo, leva à manipulação dos conceitos e das regras, na procura da sua justificação. O que era mau pode passar a ser bom e o ódio configurar o amor.
Ao trocar a universalidade pela circunstância subjectiva, os conceitos tornam-se dúbios e, como tal, deixarem de ter o significado “de uma consciência reguladora” que lhe quiseram dar.
Sem princípios reguladores e universais, o homem torna-se num não-ser aberrante, onde o arbítrio do conceito o pode levar à auto destruição.
A sua vida nem sempre corresponde à expectativa. A incapacidade de a aceitar tal como é, leva-o eximir-se da responsabilidade das suas decisões, imputando-as a terceiros, como se deles fosse um joguete, quando ao fim e ao cabo, foi ele que a transformou num jogo de sorte ou azar, onde o bluf que faz com os conceitos, o levam a ganhar ou a perder.
Quem nos guia não é Deus nem o Diabo, mas a sorte ou o azar no jogo da Vida.
Com o pensamento de que o Ser é intemporal, infinito, imutável, incaracterístico, o Nada absoluto, tudo o que fosse finito, mutável, característico e relativo, seria o não-ser.
Assim, consubstanciamos a existência como o não-ser, em oposição ao Ser.
Consequentemente, é o homem enquanto homem, que se caracteriza a si próprio, ou seja, é ele que cria todos os conceitos, preceitos e regras para reger a sua existência.
O Ser pela sua intemporalidade é indefinido, enquanto que a definição só é propriedade do temporal. Sendo o tempo sinónimo de limitação, fica implícito nesta, o fim.
O fim, como limite da existência, propicia a valorização desta, sendo o uso fruto da mesma, o seu paradigma.
Como o fim tanto pode ser natural como antecipado, fez surgir um sentimento de auto-perservação em relação ao segundo enquanto evitar o primeiro não passa de uma aspiração.
Desta forma, para se defender desse fim antecipado, estabelece os conceitos, do bem, do mal, do amor e do ódio, do certo e do errado etc. e as regras para a sua aplicação.
Estes conceitos são puramente humanos e não ditados por nenhum “divino” porque o Ser, por definição, é incaracterístico.
A valorização da existência passa indubitavelmente pela satisfação dos desejos e, enquanto tal, a vida pauta-se entre o que aspira e o que concretiza.
O que medeia a aspiração da concretização, é que define carácter, que pode ir de uma simples e inconsequente veleidade à destruição do que a pode inviabilizar.
A intransigência da vontade do desejo, leva à manipulação dos conceitos e das regras, na procura da sua justificação. O que era mau pode passar a ser bom e o ódio configurar o amor.
Ao trocar a universalidade pela circunstância subjectiva, os conceitos tornam-se dúbios e, como tal, deixarem de ter o significado “de uma consciência reguladora” que lhe quiseram dar.
Sem princípios reguladores e universais, o homem torna-se num não-ser aberrante, onde o arbítrio do conceito o pode levar à auto destruição.
A sua vida nem sempre corresponde à expectativa. A incapacidade de a aceitar tal como é, leva-o eximir-se da responsabilidade das suas decisões, imputando-as a terceiros, como se deles fosse um joguete, quando ao fim e ao cabo, foi ele que a transformou num jogo de sorte ou azar, onde o bluf que faz com os conceitos, o levam a ganhar ou a perder.
Quem nos guia não é Deus nem o Diabo, mas a sorte ou o azar no jogo da Vida.
13 Comments:
será mesmo assim? continuo com as minhas eternas dúvidas...
Augusto,
Nós guiamo-nos muito mais a nós próprios do que aquilo que se possa pensar. Cada passo que damos na nossa vida tem as suas consequências no nosso futuro, por isso temos que estar cada vez mais conscientes da responsabilidade que temos a cada momento, e a cada segundo, sobre aquilo que iremos viver no futuro.
Abraço.
«foi ele que a transformou num jogo de sorte ou azar, onde o bluf que faz com os conceitos, o levam a ganhar ou a perder. Quem nos guia não é Deus nem o Diabo, mas a sorte ou o azar no jogo da Vida.»
Não percebo Augusto.
Amigo Augusto
Já um niquinho «atrasada» venho deixar um beijinho e Parabéns pelo Dia do Pai, como Pai que és.
Hoje, dia 20 a minha prioridade é fazer um post sobre o 3º aniversário do «kalinka».
Não agora, mas...
mais logo convido-te para uma pequena festinha, onde vou reunir os «amigos» que fiz ao longo destes 3 anos de partilha.
Beijinhos.
O Homem, uma grande e bela obra !
Desejo-te uma Páscoa Feliz !
Beijinhos verdinhos
Amigo,
Eu também não sei como tudo aconteceu. Se tudo está bem contado ou não. Uma coisa é certa!
Respeito o sofrimento humano e esta quadra lembra-me os crucificados diariamente na cruz desta vida. Isto já é razão suficiente para pedir a Deus que ajude e dê força a todos nós caminhantes desta vida.
Apesar de tudo, desejo que esta quadra seja muito agradável para ti e para tua família.
Tenho andado pouco pelos comentários e peço-te desculpa de nem sempre comentar, apesar de ler atentamente os teus posts.
Tenho que agradecer também a tua gentileza em comentar alguns dos meus posts.
Conheci alguém que tu gostarias, certamente de conhecer e que escreveu um livro cujo título é - Quem morreu na cruz -
Vale a pena ler.
Ele vai apresentar o livro numa galeria do Bairro alto. Vou escrever-te a dizer onde pois não tenho aqui o endereço.
Beijinho,
Caro Augusto,
Sabendo que não es crente e respeitando-te, escrevi "Feliz Páscoa" e não "Santa Páscoa" porque considerei que é uma festa onde há ofertas/troca de amêndoas e ovos de chocolates. Se choquei-te , peço desculpa.
Beijinhos verdinhos
Meu caro Augusto, isso é conversa para o "vbm" ...
A falta de tempo e de disposição, têm-me levado a descurar as habituais visitas.
Aqui estou, com o maior prazer, a deixar os meus votos duma feliz Páscoa.
A sociedade de consumo
calendarizou datas festivas
e os povos por seu turno
andam em grandes comitivas
Gastando o que têm e não têm
de forma idiota e desregrada
é isso mesmo o que lhes convém
cumprindo o objectivo da negociata
Um abraço do
Raul
ola augusto.
o nao ser será deus, então.
beijinhos
«Estes conceitos são puramente humanos e não ditados por nenhum “divino” porque o Ser, por definição, é incaracterístico.»
Acho que não percebo bem.
«Quem nos guia não é Deus nem o Diabo, mas a sorte ou o azar no jogo da Vida.»
Não sei se não será apenas uma questão de palavras que querem dizer exactamente o mesmo. Carl Jung já chamara a atenção para isso...
Boa Páscoa,
Abraços
Páscoa feliz , e se puderes passa pelo meu cantinho,porque tenho lá uma petição a favor do Tibete.
Obrigada e beijo
Demolidor!
E a "tal" senhora IMF que fechou o acesso aos blogos.
Inteligente, a gaja. é o que se pretende, que ela vá "piar" apenas para os amigos.
Estamos de parabéns! A gaja é mesmo estúpida.
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