Deus e o Diabo é que nos guiam
Deus e o Diabo dois conceitos que se complementam, interagindo na mesma proporção. Se considerarmos um como o bem e outro como o mal, quantitativamente são iguais, pois a aceitação de um, implica inevitavelmente a rejeição do outro, na mesma proporção.
Crer na existência de um Deus sem admitir a existência do Diabo, não faz sentido, pois o bem só por si não existe, se não for a oposição do mal, como um princípio exige sempre um fim.
Considerando que Deus existe porque o homem existe, pois o problema da criação e do fim, do bem e do mal, são afecções do próprio homem, implicitamente o Diabo também faz parte da sua vida, pelo que podemos deduzir, que ambos guiam a sua existência.
Como crer na existência de Deus não implica necessariamente qualquer tipo de religiosidade, teremos os crentes divididos em dois grupos: os crentes religiosos e os crentes não religiosos, sendo os primeiros consubstanciados pela imposição e os segundos pela razão. Também a sua maneira de ver Deus é diferente; os religiosos segundo os ditames da fé que abraçam, os não religiosos, pela subjectividade de cada um.
É nas religiões que a presença do Diabo é mais omnipotente, pois é o medo deste, que é incutido, que dá vigor ao processo da fé, por outras palavras, é o medo da punição que leva à devoção. Será que as pessoas adeririam às exigências das religiões se não houvesse o previsto castigo para a desobediência? Todas as religiões se baseiam na dualidade: Céu e Inferno. Não existe adoração a Deus sem a evocação do Diabo. Claro que, conforme os interesses das religiões, as exigências divinas divergem, bem como o castigo do não cumprimento.
Mas não é das religiões que quero falar, mas no comportamento das pessoas, e assim, sou levado a afirmar que os crentes religiosos não têm a noção da Ética Universal, mas só da Ética da sua religião, o que é comprovado pela intolerância, um dos fundamentos das religiões. A exigência das diversas verdades acaba, indubitavelmente, na ignorância da própria verdade e, pior ainda, tender para o fim da dualidade, onde o bem e o mal se confundem. Deus e Diabo, um só personagem.
Os crentes não praticantes de qualquer religião, ainda que libertos das imposições religiosas, estão cativos do seu livre arbítrio que ditará a razão. Vacilam entre Deus e o Diabo, conforme a conveniência do momento. Se a importância de Deus varia conforme a necessidade, o Diabo não é excepção, o que se reflecte no seu comportamento. Também nestes a importância da dualidade se desvanece, acabando na unidade de Deus com o Diabo.
Os agnósticos, sem capacidade para compreenderem Deus, não deixam contudo de reconhecer algo, que acima da compreensão humana, interage na sua vida, como por exemplo um criador e que, como criado, senão venera, pelo menos respeita. Também este não pode fugir à regra. O que foi criado, um dia será destruído e, com este raciocínio, o Diabo destruidor, entra na sua vida, em pé de igualdade, pois tão difícil é compreender um como o outro.
Para o ateu, Deus não existe, como a criação não depende de qualquer obra divina. Penso logo existo, o resto são favas. E o medo de morrer ficou esquecido? Não creio.
Aceitar o fim é aceitar o princípio, ainda que esse princípio não se insira em nenhuma das concepções religiosas conhecidas. O fim é a destruição, obra do Diabo por antagonismo ao Criador. O ateu sem dar por isso, funde o criador e o destruidor numa só entidade que lhe rege a vida.
Por último temos os que não acreditam nem na criação nem na morte. Para estes a existência é uma emanação do divino ao qual retornarão um dia. Esta emanação divina dá origem simultaneamente à emanação do Diabo, pois depende do comportamento da existência, o retorno ao divino. Também nestes, Deus e o Diabo, andam de braço dado.
Querer recusar a influência do Diabo, até mesmo em certos casos, o seu fascínio, é uma falta de conhecimento do comportamento humano, onde ele, sob a capa do que é correcto, se instala com a nossa concordância para alimentar o nosso egoísmo.
O amor é uma universalidade, ou se ama tudo, ou não se ama. Seleccionar o amor, é uma falsa premissa para a conclusão amorosa, é uma prova do nosso egoísmo, o tal Diabo de estimação que vive em nós, que nos leva à descriminação amorosa.
Deus e o Diabo dois conceitos que se complementam, interagindo na mesma proporção. Se considerarmos um como o bem e outro como o mal, quantitativamente são iguais, pois a aceitação de um, implica inevitavelmente a rejeição do outro, na mesma proporção.
Crer na existência de um Deus sem admitir a existência do Diabo, não faz sentido, pois o bem só por si não existe, se não for a oposição do mal, como um princípio exige sempre um fim.
Considerando que Deus existe porque o homem existe, pois o problema da criação e do fim, do bem e do mal, são afecções do próprio homem, implicitamente o Diabo também faz parte da sua vida, pelo que podemos deduzir, que ambos guiam a sua existência.
Como crer na existência de Deus não implica necessariamente qualquer tipo de religiosidade, teremos os crentes divididos em dois grupos: os crentes religiosos e os crentes não religiosos, sendo os primeiros consubstanciados pela imposição e os segundos pela razão. Também a sua maneira de ver Deus é diferente; os religiosos segundo os ditames da fé que abraçam, os não religiosos, pela subjectividade de cada um.
É nas religiões que a presença do Diabo é mais omnipotente, pois é o medo deste, que é incutido, que dá vigor ao processo da fé, por outras palavras, é o medo da punição que leva à devoção. Será que as pessoas adeririam às exigências das religiões se não houvesse o previsto castigo para a desobediência? Todas as religiões se baseiam na dualidade: Céu e Inferno. Não existe adoração a Deus sem a evocação do Diabo. Claro que, conforme os interesses das religiões, as exigências divinas divergem, bem como o castigo do não cumprimento.
Mas não é das religiões que quero falar, mas no comportamento das pessoas, e assim, sou levado a afirmar que os crentes religiosos não têm a noção da Ética Universal, mas só da Ética da sua religião, o que é comprovado pela intolerância, um dos fundamentos das religiões. A exigência das diversas verdades acaba, indubitavelmente, na ignorância da própria verdade e, pior ainda, tender para o fim da dualidade, onde o bem e o mal se confundem. Deus e Diabo, um só personagem.
Os crentes não praticantes de qualquer religião, ainda que libertos das imposições religiosas, estão cativos do seu livre arbítrio que ditará a razão. Vacilam entre Deus e o Diabo, conforme a conveniência do momento. Se a importância de Deus varia conforme a necessidade, o Diabo não é excepção, o que se reflecte no seu comportamento. Também nestes a importância da dualidade se desvanece, acabando na unidade de Deus com o Diabo.
Os agnósticos, sem capacidade para compreenderem Deus, não deixam contudo de reconhecer algo, que acima da compreensão humana, interage na sua vida, como por exemplo um criador e que, como criado, senão venera, pelo menos respeita. Também este não pode fugir à regra. O que foi criado, um dia será destruído e, com este raciocínio, o Diabo destruidor, entra na sua vida, em pé de igualdade, pois tão difícil é compreender um como o outro.
Para o ateu, Deus não existe, como a criação não depende de qualquer obra divina. Penso logo existo, o resto são favas. E o medo de morrer ficou esquecido? Não creio.
Aceitar o fim é aceitar o princípio, ainda que esse princípio não se insira em nenhuma das concepções religiosas conhecidas. O fim é a destruição, obra do Diabo por antagonismo ao Criador. O ateu sem dar por isso, funde o criador e o destruidor numa só entidade que lhe rege a vida.
Por último temos os que não acreditam nem na criação nem na morte. Para estes a existência é uma emanação do divino ao qual retornarão um dia. Esta emanação divina dá origem simultaneamente à emanação do Diabo, pois depende do comportamento da existência, o retorno ao divino. Também nestes, Deus e o Diabo, andam de braço dado.
Querer recusar a influência do Diabo, até mesmo em certos casos, o seu fascínio, é uma falta de conhecimento do comportamento humano, onde ele, sob a capa do que é correcto, se instala com a nossa concordância para alimentar o nosso egoísmo.
O amor é uma universalidade, ou se ama tudo, ou não se ama. Seleccionar o amor, é uma falsa premissa para a conclusão amorosa, é uma prova do nosso egoísmo, o tal Diabo de estimação que vive em nós, que nos leva à descriminação amorosa.
7 Comments:
Acho que quando fala de Deus e do Diabo como realidades que se necessitam para co-existir, utiliza uma lógica circular que não se adapta ao modelo Judaico-Cristão que conheço.
Deus implica uma consciência, uma realidade para além das circunscritas pelos Anjos - qualquer que seja o seu rango hierárquico.
O anjo caido e suas hostes teriam uma "antítese" em Miguel e os anjos fieis.
Sendo uns unificadores e outros fragmentadores da consciência humana, não implicam Deus na sua contenda dualista.
Deus ficaria perto do conceito "unidade", esfera ou ponto.
Um abraço.
Talvez tenha vindo para ficar se quiseres blogar comigo. Eu quero blogar contigo.
Bjos
Augusto,
O meu lema não é bem "Penso logo existo, mas mais o Penso logo blogo, e blogo o quanto posso, enquanto posso..
Abraço.
Muito bom post Augusto.
«E o medo de morrer ficou esquecido? Não creio. Aceitar o fim é aceitar o princípio»
Eu sou ateu. Para mim, o único medo de morrer é (espero) o medo da dor. De resto, sei perfeitamente o que é a morte: eu estive morto até ser concebido. Por exemplo, em 1914, eu estava morto. E assim continuei durante quase meio século. Eis senão quando: Suscitei!
Abraço
E afinal é tudo tão simples:
O que falta é o Amor Universal...Excelente Post
Obrigada querido augusto
Vinha aqui roubar-te para te imprimir e levar amanha ao Henrique, mas talvez ele mesmo possa já vir deixar o comentario (ao vivo).
Boa semana e estejas bem sempre.
Beijos e muitos beijos
lá virá sempre o dia em que o incrédulo se torna crente, por precaução...
abç
obrigada. Augusto.
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