Falar de pobreza VII
Falar da pobreza, parece estar na ordem do dia, ainda que poucas pessoas procurem conhecer afundo o fenómeno. A pobreza não é uma doença súbita, é uma patologia lenta que nos vai consumindo sem darmos por isso e, um dia, podemos acordamos doentes. Talvez pareça excessivo, mas vou procurar fazer uma análise da evolução portuguesa ao longo dos últimos 100 anos. Tenho 66 anos de idade, o que me coloca na qualidade de observador de, pelo menos, meio século. Convido todos os que me visitam a participarem, não como um debate, mas uma tribuna aberta a todas as opiniões. Vale a pena perder um bocadinho do nosso tempo a pensar no assunto, pois o que se mostra no horizonte, não é nenhum mar de rosas.
Para a elaboração dos meus textos, vou-me socorrer da obra Portugal Século XX de Joaquim Vieira de onde recolherei textos, dados estatísticos e fotografias.
Pai recebe medalha no 10 de Junho pelo filho que não voltará
Década de 1960 a 1970
Tempo de guerra
Estatística referente a 1960
População 8.889.392 (homens 4.254.416 47,9% mulheres 4.634.976 52,1%) (menores de 20 anos 3.339.180 37,6% maiores de 60 anos 1.042.588 11,7%)
Mortalidade infantil (por mil partos) 23,53
Esperança média de vida homens 58,4 anos
Esperança média de vida mulheres 67,1 anos
População de Lisboa 802.230
População do Porto 303.424
Analfabetos 30,3%
Emigrantes oficiais (por mil habitantes) 3,68
Eleitores inscritos 1.294.779
Escolas primárias 17.892
Estudantes do ensino primário 868.625
Estudantes do ensino secundário 101.969
Estudantes universitários 32.163
Automóveis em circulação 184.257
«Sinto que apenas pode haver soldados e marinheiros portugueses vitoriosos ou mortos»
Salazar, Dezembro de 1961
Chega a Portugal o tempo das grandes roturas. Uma época em que parecia não soprar a mais leve aragem no país, sucedem-se movimentos sociais que assumem proporções bíblicas para uma pequena nação como Portugal: um milhão de emigrantes partem para o estrangeiro, especialmente França, centenas de milhares de camponeses mudam-se para as grandes periferias urbanas, 100.000 militares envolvidos na guerra.
A nação atravessa o período de mais rápido crescimento económico em toda a sua história até à data. Iniciado na década anterior, o expansionismo industrial e comercial é puxado pelos fios invisíveis que regulam a economia e que o poder político já não consegue dominar.
Bem pode Salazar esquecer a sua nostálgica visão bucólica «Quero este país pobre mas independente; não o quero colonizado por capital americano.»
Ao mesmo tempo que entra no mundo industrializado, Portugal liberaliza a economia, aproximando-a das regras do mercado capitalista complexado.
Os laços económicos com África, à medida que a guerra progride, vão desfazendo-se enquanto que o comercio com a EFTA aumenta, passando de 43 para 65%.
Os compradores estrangeiros descobrem em Portugal a árvore das patacas, os baixos salários são a motivação de passarem a ser importadores e exportadores ao mesmo tempo.
O agravamento da situação colonial e, consequente degradação do pilar das nossas exportações, acaba por levar o próprio Governo a criar condições especiais para atrair o capital estrangeiro afim de evitar um desemprego catastrófico.
Os investimentos estrangeiros começam a entrar em catadupa pelas portas dentro, as fábricas nascem como cogumelos, aliciadas pela mão-de-obra barata que, conforme a Europa se vai recompondo da Segunda Grande Guerra, mais barata se vai tornando.
Este investidor estrangeiro não trás riqueza para Portugal, a maior parte da produção é “à façon”, isto é, em Portugal só ficam os magros salários dos operários, porque se por um lado as matérias prima são importadas em regime de Importação Temporária, isentas de direitos alfandegários e, reexportadas como produto acabado, por outro, o valor acrescentado ao preço de custo dos produtos manufacturados é zero, pois exportador e importador é a mesma pessoa, havendo ainda muitas benesses fiscais. Um negócio da China para a estrangeirada que vem enriquecer com a nossa pobreza. Os protagonistas são os ingleses, que aproveitando o que foi dito anteriormente, transformam Portugal no principal produtor têxtil da Europa.
As fábricas do sector têxtil e do calçado, onde o trabalho é pago à peça, empregam principalmente mulheres aquém, por a oferta ser superior à procura, leva a aceitarem salários muito baixos e condições desumanas de trabalho. As crianças passam a estar na mira destes industriais aquém podem pagar ainda menos, ainda que desempenhem as mesmas funções.
Emigrante que regressa para casar
Se as mulheres, na precariedade e miséria salarial, ainda conseguem angariar alguma subsistência, já os homens se vêm a braços com o desemprego, provocado pelo encerramento das fábricas que dependiam das exportações para África. Para que a fome não passe a fazer parte da família, só lhes resta uma solução, legalmente ou a “salto” emigrar. Para trás fica tudo o que faz a identidade humana: a família, a terra, os amores o convívio, a cultura e a nação. Também estes, na sua maior parte, vão conhecer as agruras do trabalho clandestino no estrangeiro.
É um processo de desertificação demográfica, que causa o despovoamento de campos e aldeias. O êxodo, sobretudo na segunda metade da década, penaliza as regiões do interior contribuindo para o envelhecimento da população rural.
Surdo aos apelos conciliadores dos nacionalistas africanos, às soluções negociadas e a quem quer que fale de autodeterminação ou até de um possível ensaio de federação lusófona com autonomia das colónias, Salazar vive obstinadamente a solução militar.
“Angola é nossa” é a música de abertura da TV e, a população chocada com os iniciais massacres cometidos pela guerrilha, está atordoada e o Governo explora os sentimentos nacionalistas, porque é Portugal que está a ser atacado. Paradoxo, longe de derrubar a ditadura, é a guerra que mantém a ditadura.
Com a guerra e a sangria da emigração, ocorre um fenómeno de desenvolvimento social dos trabalhadores. As indústrias, por causa das acessibilidades e angariação de mão-de-obra, concentram-se no litoral e em especial à volta de Lisboa e Porto. O desenvolvimento destas cinturas industriais reclama mais trabalhadores, aos quais acenam com salários mais convidativos em virtude da escassez provocada pela guerra e a emigração. O governo teme que a escassez de mão-de-obra, provoque uma escalada na subida dos salários, por isso procura controlar a emigração, tornando crime a ilegal.
Os campos perante este novo facto, despovoam-se ainda mais e cava-se um grande fosso entre o litoral e o interior. A agricultura estagna enquanto se acentua o crescimento industrial.
Nesta década a mulher conquista, devido à sua contribuição para o rendimento familiar, um novo estatuto, contudo, ainda tem de ir à missa de véu e meias pretas e, uma vez casadas, de pedir autorização ao marido para abrir uma conta bancária, montar um negócio, tirar passaporte ou viajar ao estrangeiro, além de que precisa, para votar, de possuir um curso médio ou superior.
O reflexo deste esbatido desenvolvimento é a expansão das classes médias, o pretendido espelho regime, com as suas aspirações próprias e novas exigências de consumo. Vêem televisão, lêem revistas e jornais, fazem comparações com o estrangeiro, abrem-se aos novos costumes, seguem a moda e inquietam-se pela lentidão das transformações da sociedade,
Com a estagnação da agricultura, agrava-se a dependência nacional da importação de produtos alimentares, para onde são canalizadas grande parte das divisas recebidas dos emigrantes, que se torna uma grande negócio tendo em conta o aumento do consumo das classes médias. Também a classe média adoptou um novo estatuto social: o automóvel. O incremento do comércio a prestações, faz esquecer a debilidade dos rendimentos e aumenta a dependência, o dispensável passou a ser indispensável.
Todos simpáticos! Vêem aí os turistas, são precisas muitas divisas para se gastarem nas importações.
Mas enquanto isto, o mundo gira e o homem chega à lua e, os Beatles e os Roling Stones mudam os comportamentos e, nós por cá gritamos.
Somos os maiores! Viva o Benfica.
Somos os maiores do mundo! Vivam os “Magriços”
Sonhar é fácil, desde que não se tenha de encher a barriga.
Mas mesmo sem querer, os tempos mudam. Salazar por fim não governa. O que não fomos capazes de fazer, fá-lo uma simples cadeira, farta do rabo dele. Que fique a lição ao menos.
Marcelo descomprometido, ambíguo, televisivo, aparece em cena. Quer agradar a todos, mas não agrada a ninguém, enquanto a pobreza resiste.
Falar da pobreza, parece estar na ordem do dia, ainda que poucas pessoas procurem conhecer afundo o fenómeno. A pobreza não é uma doença súbita, é uma patologia lenta que nos vai consumindo sem darmos por isso e, um dia, podemos acordamos doentes. Talvez pareça excessivo, mas vou procurar fazer uma análise da evolução portuguesa ao longo dos últimos 100 anos. Tenho 66 anos de idade, o que me coloca na qualidade de observador de, pelo menos, meio século. Convido todos os que me visitam a participarem, não como um debate, mas uma tribuna aberta a todas as opiniões. Vale a pena perder um bocadinho do nosso tempo a pensar no assunto, pois o que se mostra no horizonte, não é nenhum mar de rosas.
Para a elaboração dos meus textos, vou-me socorrer da obra Portugal Século XX de Joaquim Vieira de onde recolherei textos, dados estatísticos e fotografias.
Pai recebe medalha no 10 de Junho pelo filho que não voltará
Década de 1960 a 1970
Tempo de guerra
Estatística referente a 1960
População 8.889.392 (homens 4.254.416 47,9% mulheres 4.634.976 52,1%) (menores de 20 anos 3.339.180 37,6% maiores de 60 anos 1.042.588 11,7%)
Mortalidade infantil (por mil partos) 23,53
Esperança média de vida homens 58,4 anos
Esperança média de vida mulheres 67,1 anos
População de Lisboa 802.230
População do Porto 303.424
Analfabetos 30,3%
Emigrantes oficiais (por mil habitantes) 3,68
Eleitores inscritos 1.294.779
Escolas primárias 17.892
Estudantes do ensino primário 868.625
Estudantes do ensino secundário 101.969
Estudantes universitários 32.163
Automóveis em circulação 184.257
«Sinto que apenas pode haver soldados e marinheiros portugueses vitoriosos ou mortos»
Salazar, Dezembro de 1961
Chega a Portugal o tempo das grandes roturas. Uma época em que parecia não soprar a mais leve aragem no país, sucedem-se movimentos sociais que assumem proporções bíblicas para uma pequena nação como Portugal: um milhão de emigrantes partem para o estrangeiro, especialmente França, centenas de milhares de camponeses mudam-se para as grandes periferias urbanas, 100.000 militares envolvidos na guerra.
A nação atravessa o período de mais rápido crescimento económico em toda a sua história até à data. Iniciado na década anterior, o expansionismo industrial e comercial é puxado pelos fios invisíveis que regulam a economia e que o poder político já não consegue dominar.
Bem pode Salazar esquecer a sua nostálgica visão bucólica «Quero este país pobre mas independente; não o quero colonizado por capital americano.»
Ao mesmo tempo que entra no mundo industrializado, Portugal liberaliza a economia, aproximando-a das regras do mercado capitalista complexado.
Os laços económicos com África, à medida que a guerra progride, vão desfazendo-se enquanto que o comercio com a EFTA aumenta, passando de 43 para 65%.
Os compradores estrangeiros descobrem em Portugal a árvore das patacas, os baixos salários são a motivação de passarem a ser importadores e exportadores ao mesmo tempo.
O agravamento da situação colonial e, consequente degradação do pilar das nossas exportações, acaba por levar o próprio Governo a criar condições especiais para atrair o capital estrangeiro afim de evitar um desemprego catastrófico.
Os investimentos estrangeiros começam a entrar em catadupa pelas portas dentro, as fábricas nascem como cogumelos, aliciadas pela mão-de-obra barata que, conforme a Europa se vai recompondo da Segunda Grande Guerra, mais barata se vai tornando.
Este investidor estrangeiro não trás riqueza para Portugal, a maior parte da produção é “à façon”, isto é, em Portugal só ficam os magros salários dos operários, porque se por um lado as matérias prima são importadas em regime de Importação Temporária, isentas de direitos alfandegários e, reexportadas como produto acabado, por outro, o valor acrescentado ao preço de custo dos produtos manufacturados é zero, pois exportador e importador é a mesma pessoa, havendo ainda muitas benesses fiscais. Um negócio da China para a estrangeirada que vem enriquecer com a nossa pobreza. Os protagonistas são os ingleses, que aproveitando o que foi dito anteriormente, transformam Portugal no principal produtor têxtil da Europa.
As fábricas do sector têxtil e do calçado, onde o trabalho é pago à peça, empregam principalmente mulheres aquém, por a oferta ser superior à procura, leva a aceitarem salários muito baixos e condições desumanas de trabalho. As crianças passam a estar na mira destes industriais aquém podem pagar ainda menos, ainda que desempenhem as mesmas funções.
Emigrante que regressa para casar
Se as mulheres, na precariedade e miséria salarial, ainda conseguem angariar alguma subsistência, já os homens se vêm a braços com o desemprego, provocado pelo encerramento das fábricas que dependiam das exportações para África. Para que a fome não passe a fazer parte da família, só lhes resta uma solução, legalmente ou a “salto” emigrar. Para trás fica tudo o que faz a identidade humana: a família, a terra, os amores o convívio, a cultura e a nação. Também estes, na sua maior parte, vão conhecer as agruras do trabalho clandestino no estrangeiro.
É um processo de desertificação demográfica, que causa o despovoamento de campos e aldeias. O êxodo, sobretudo na segunda metade da década, penaliza as regiões do interior contribuindo para o envelhecimento da população rural.
Surdo aos apelos conciliadores dos nacionalistas africanos, às soluções negociadas e a quem quer que fale de autodeterminação ou até de um possível ensaio de federação lusófona com autonomia das colónias, Salazar vive obstinadamente a solução militar.
“Angola é nossa” é a música de abertura da TV e, a população chocada com os iniciais massacres cometidos pela guerrilha, está atordoada e o Governo explora os sentimentos nacionalistas, porque é Portugal que está a ser atacado. Paradoxo, longe de derrubar a ditadura, é a guerra que mantém a ditadura.
Com a guerra e a sangria da emigração, ocorre um fenómeno de desenvolvimento social dos trabalhadores. As indústrias, por causa das acessibilidades e angariação de mão-de-obra, concentram-se no litoral e em especial à volta de Lisboa e Porto. O desenvolvimento destas cinturas industriais reclama mais trabalhadores, aos quais acenam com salários mais convidativos em virtude da escassez provocada pela guerra e a emigração. O governo teme que a escassez de mão-de-obra, provoque uma escalada na subida dos salários, por isso procura controlar a emigração, tornando crime a ilegal.
Os campos perante este novo facto, despovoam-se ainda mais e cava-se um grande fosso entre o litoral e o interior. A agricultura estagna enquanto se acentua o crescimento industrial.
Nesta década a mulher conquista, devido à sua contribuição para o rendimento familiar, um novo estatuto, contudo, ainda tem de ir à missa de véu e meias pretas e, uma vez casadas, de pedir autorização ao marido para abrir uma conta bancária, montar um negócio, tirar passaporte ou viajar ao estrangeiro, além de que precisa, para votar, de possuir um curso médio ou superior.
O reflexo deste esbatido desenvolvimento é a expansão das classes médias, o pretendido espelho regime, com as suas aspirações próprias e novas exigências de consumo. Vêem televisão, lêem revistas e jornais, fazem comparações com o estrangeiro, abrem-se aos novos costumes, seguem a moda e inquietam-se pela lentidão das transformações da sociedade,
Com a estagnação da agricultura, agrava-se a dependência nacional da importação de produtos alimentares, para onde são canalizadas grande parte das divisas recebidas dos emigrantes, que se torna uma grande negócio tendo em conta o aumento do consumo das classes médias. Também a classe média adoptou um novo estatuto social: o automóvel. O incremento do comércio a prestações, faz esquecer a debilidade dos rendimentos e aumenta a dependência, o dispensável passou a ser indispensável.
Todos simpáticos! Vêem aí os turistas, são precisas muitas divisas para se gastarem nas importações.
Mas enquanto isto, o mundo gira e o homem chega à lua e, os Beatles e os Roling Stones mudam os comportamentos e, nós por cá gritamos.
Somos os maiores! Viva o Benfica.
Somos os maiores do mundo! Vivam os “Magriços”
Sonhar é fácil, desde que não se tenha de encher a barriga.
Mas mesmo sem querer, os tempos mudam. Salazar por fim não governa. O que não fomos capazes de fazer, fá-lo uma simples cadeira, farta do rabo dele. Que fique a lição ao menos.
Marcelo descomprometido, ambíguo, televisivo, aparece em cena. Quer agradar a todos, mas não agrada a ninguém, enquanto a pobreza resiste.
10 Comments:
E, mais Parabéns meu doce amigo
Espero que depois Deste "Falar de Pobreza" venha a pobreza actual,, ou a pobreza de espirito que se faz presente em todos os dias da nossa vida quando nos deparamos com aqueles que deveriam ser nossos semelhantes !!!!
Aguardo o teu livro
Aguardo um abraço :-)
Boa semana
Beijos e beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
"Também a classe média adoptou um novo estatuto social: o automóvel."
Nos meus tempos de rapaz, só os grandes latifundiários tinham carro.
pareceu-me, por momentos, tornar a reviver esses tempos de má lembrança, que em recta final ainda conheci...
abç
A pobreza é um flagelo
que importa erradicar
ela cresce como um novelo
mas temos que a fazer parar
Pois é Augusto, é bom sonhar e acreditar também que, um dia, não haverá mais pobreza nem injustiça e que todos terão os mesmos direitos. Pelo menos, nós no nosso cantinho pudemos começar a lutar por isso!
Um beijinho verdinho sempre esperando esperando esperando....
Fico a aguardar a Fala Oitava. A pobreza ainda não acabou, todos sabemos disso. Um pouco mais envergonhada e, na sua grande maioria, disfarçada em cartões de crédito, mas aí está. A dona da farmácia ao lado de minha casa (farmácia de bairro antigo, de gente reformada) tem muitas histórias para contar e um livro de muitas dívidas à espera de um milagre.
Um abraço
Amigo Augusto..
Tudo isso é muito real e muito triste...
Vale a pena ler o que escreves a respeito... aprende-se muito...
Parabéns caro amigo!
Beijos, flores e muitos sorrisos!
Embora em Portugal e na Europa sempre tenha havido pobreza, o nível de vida das populações foi melhorando durante todo o século XX. Hoje, paradoxalmente, estamos a caminhar para trás. Algo está podre na Reino da Dinamarca, em sentido concreto e figurado.
Que o Natal, o verdadeiro, não o dos Centros Comerciais, possa constituir um momento de introspecção que nos leve a ser melhores e a entender os nossos Irmãos caminhantes desta terra.
Que una as famílias e os amigos e ajude a perceber o propósito da nossa vida aqui, nesta
Terra que é de todos mas que, infelizmente, só alguns usufrem a seu belo prazer.
Um abraço,
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