Bramanismo
(segunda parte)
Com a decadência do Vedismo, emerge o Bramanismo que se estende até inícios da era cristã. O nome relaciona-se com Brahama e com a classe sacerdotal dos brâmanes, em torno da qual se constitui essa tradição.
Brahma a “alma universal”, o ser absoluto e incriado, mais um conceito da totalidade que envolve as coisas de que um deus. A verdadeira natureza da criação, presença eterna, origem e substância de tudo que quando permeia o corpo físico individual, é chamado Atman, Eu.
Atman é Brahman. Essa presença eterna, embora permeando o corpo, não age, mas é o agir do corpo; não vê, mas é o olhar do olho, não sente, mas é o sentir do corpo. Por Ele estar num corpo, a ignorância (avidya) produz a noção do Eu, Atma, limitado com as características e qualidades do corpo e o sentimento de ser agente da acção.
Da mesma forma, por causa do Eu estar em todos os corpos da criação, o véu da ignorância (Maya) faz parecer que há um Eu para cada corpo. Maya significa ilusão, artifício, encantamento. É aquele que produz aquilo que não existe. Como véu, Maya encobre a apreciação de nossa verdadeira natureza divina em relação ao Absoluto (Brahman), toda a criação é maya, é ilusória. Ela não se reconhece como sendo da mesma natureza do Absoluto e então confunde o mundo e o mundo parece real.
O cerimonial enriquece-se notavelmente sob a direcção dos brâmanes. Os cultos adquirem poder mágico. As ideias de Samsara e Karma, assim como as especulações filosóficas sobre a origem e destino do homem, nascem nesta altura.
O conceito de castas, herdado dos Vedas, converte-se na principal instituição da sociedade, sendo a casta mais elevada a dos Brâmanes.
A visão bramânica do mundo e tal aplicação à vida esta descrita no livro do Manusmrieti (Código de Manu), elaborado entre os anos 200 a.C e 200 da era cristã. Manu é o pai original da espécie humana. O livro trata inicialmente da criação do mundo e da ordem dos brâmanes; depois do governo e de seus deveres, das leis, das castas, dos actos de expiação e, finalmente, da reencarnação e da redenção. Segundo as leis de Manu, os brâmanes são senhores de tudo que existe no mundo.
Na época pós-védica, os Upanishads continuam a ter aceitação, mas os Brâmanas e os Sutras são considerados técnicas “escolásticas”. Nessa altura, os textos sânscritos que dão o tom são de dois géneros: os épicos (com as duas intermináveis epopeias do Ramaiana e o Maabarata, este último contendo o Bagavagita, ou “cântico ao bem-aventurado”, um dos mais comentados e os Puranas, ou «Antiguidades», compilações teológicas com pretensões históricas que florescerão até ao aos séculos XII e XIII da nossa era.
Ramaiana significa As Aventuras de Rama e relata em cerca de vinte e quatro mil estâncias, as façanhas do deus Vishnu, o Preservador, quando em sétima encarnação apareceu como o príncipe Rama, para salvar a humanidade.
Maabarata, ou A Grande História dos Irmãos, narra os acontecimentos de outra encarnação de Vishnu, como Críxena. São de difícil entendimento, expondo tanto a doutrina, quanto acontecimentos históricos do país. O Maabarata ficou famoso e até hoje é consultado, mesmo fora da Índia, devido ao relato do 18º dia de uma batalha, durante o qual o general Arjuna discute com seu cocheiro Críxena o significado da vida e da morte. Tal narrativa é conhecida como Bhagavad-Gita, ou Cântico do Bem Aventurado. Mahatma Gandhi dizia que quando as decepções o avassalavam e não conseguia vislumbrar nenhum raio de luz, recorria ao Bhagavad-Gita, único bálsamo para suas desesperanças.
Durante esta época, o sacrifício individual torna-se público, regulamentado pelo sistema de castas.
O antigo panteão não é abolido, mas transforma-se e esbate-se diante de Brahma. A religião acumula as especulações e tende evoluir em filosofia.
A noção de trindade, ou Trimurti, surge progressivamente. Brahma, o criador, Vixenu, o conservador e Shiva, o destruidor.
Brahma, o vermelho, cavalgando um flamingo, tornar-se-á cada vez mais abstracto.
Vixenu, desloca-se no seu pássaro mágico Garud, com cabeça humana, será cada vez mais popular, não só como conservador, mas também nas suas encarnações, quer como Krisna, o encantador deus flautista que seduz as pastoras, quer como Rama, o príncipe épico.
Shiva, montado no touro Nandi e cuja cabeleira deu origem ao Gamges, continua a ser o destruidor temível, senhor da morte e do erotismo, perito em magia e em Yoga.
Asceta ou gozador, é tão inquietante como algumas das suas mulheres (Kali, a sangrenta, será patrona dos Tugues estranguladores e exigirá sacrifícios de recém-nascidos). É ele quem, a cada aniquilamento, executa os passos de dança cósmicos que reconstroem os mundos. À parte desta Trindade, agita-se uma multidão fervilhante de deuses menores.
É dos textos védicos que procede o conceito fundamental do bramanismo: o de uma ordem universal, o Rita, que constitui a realidade, a verdadeira natureza das coisas, chamado Dharma, ao qual se opõem a desordem, Adharma.
O Rita é, pois, a lei natural que rege o universo e também todos os aspectos da vida do homem. Este deve agir sobre o universo através da invocação das divindades, mas sempre de acordo com o calendário que indica a correspondência entre os actos rituais e a vida cósmica.
O homem e a sua vida são encarados em analogia com o universo, sendo o seu corpo formado pelos mesmos elementos que a natureza: as suas partes sólidas correspondem à terra; os líquidos orgânicos à água; o calor corporal ao fogo; a respiração ao vento.
A doutrina específica dos Upanishads é a correspondência e relações entre as coisas. O Purusha, ou homem cósmico, é considerado em relação com a acção ritual (Yajna), e uma série de concordâncias são estabelecidas para reforçar essa noção de correspondência entre o microcosmo e o macrocosmo.
A semente de Prajapati (senhor das criaturas) é constituída pelos deuses (força da natureza). O produto dos deuses é a chuva, que por sua vez produz plantas, que fornecem alimento.
O produto da criatura humana, que opera de maneira semelhante a Prajapati, é o coração, considerado sede das funções psíquicas. O coração é o espírito (Manas), que produz a palavra, originadora da acção (Karma). Essa acção faz com que o homem se descubra como sendo o próprio Brahman. Assim, a filosofia Upanishads ensina o homem a buscar o Absoluto dentro do seu próprio coração, e a compreender a identidade básica entre o Brahman e a sua alma individual (atman).
Os Vedas estabeleceram vititakarma, acções e actividades, direccionando os deveres que cabem em cada situação. O objectivo de vititkarma é fazer com que o homem cultive a atitude adequada através da vida, apreciando o Criador, a ordem e a harmonia da Criação, encarando o mundo objectivamente e compreendendo que ao homem cabe a acção, mas os resultados, os frutos da acção cabem ao Criador.
Devido à ignorância da sua verdadeira natureza e consequentemente à não aceitação da harmonia da Criação e suas leis, o homem age influenciado pelos seus gostos e aversões, preso aos resultados das suas acções, ficando assim envolvido no ciclo de nascimentos e mortes (samsara).
Existem três tipos de Karma: Agmi Karma, Sanchita Karma e Prarabdha Karma.
Agmi Karma são os resultados das nossas acções actuais e futuras. Corresponder às sementes que serão plantadas por nós.
Sanchita Karma são todas as acções feitas em vidas passadas, acumuladas em estado potencial e que ainda não germinaram.
Prarabdha Karma são as situações que estamos vivendo neste momento, as sementes já germinadas, as acções que já produziram suas consequências, é o destino que não podemos modificar e sim aceitar.
A acção ou Karma depende do espírito e da palavra e confere a cada indivíduo o seu destino, que, se não for realizado na existência presente, se realizará numa vida futura.
A dissolução do corpo não acarreta a dissolução do espírito que, marcado pelas acções praticadas durante a vida que findou, experimentará existências futuras, em que viverá as consequências boas ou más dessas acções.
Samsara é a prisão daquele que está ligado aos seus gostos e aversões, agindo apegado aos frutos das suas acções, ignorando a sua verdadeira natureza. Este homem viverá acumulando Karmas e necessitará nascer muitas vezes até alcançar a maturidade que o orientará no sentido da libertação e o livrará do ciclo de nascimentos e mortes.
Prosseguirá indefinidamente, a menos que a individualidade consiga a libertação (moksha) do domínio dos actos, tomando consciência da sua identidade original com o Absoluto. A origem desta doutrina de reencarnação é uma influência da Índia védica.
Eliminar o samsara é descobrir a nossa verdadeira natureza divina, Brahma.
A noção introduzida pelos Upanishads é o despertar (bodhi) ou tomada de consciência da verdadeira natureza de si mesmo, que é o conhecimento (jnana) por excelência. Ensinam-se técnicas psicológicas de meditação e contemplação para se chegar a esse conhecimento (Yoga), bem como a meditação sobre a sílaba sagrada om ou aum, símbolo do Absoluto.
Os “sons-sementes” formados por uma única sílaba e que terminam sempre por uma nasal, om ou aum, que podem ser acompanhados por um breve verso comportando algumas sílabas com sentido bem claro, chamam-se Mantras.
O Mantra age sobre o espírito, permitindo ao praticante compreender o seu significado profundo. A sua constante repetição, sobretudo quando combinada com os pranayamas (técnicas respiratórias), contribui para suscitar um estado de transe e provocar uma iluminação mística.
Muitas vezes o Absoluto é expresso de maneira negativa, para indicar a impossibilidade de defini-lo através do intelecto e da linguagem conceptual.
(continua)
(segunda parte)
Com a decadência do Vedismo, emerge o Bramanismo que se estende até inícios da era cristã. O nome relaciona-se com Brahama e com a classe sacerdotal dos brâmanes, em torno da qual se constitui essa tradição.
Brahma a “alma universal”, o ser absoluto e incriado, mais um conceito da totalidade que envolve as coisas de que um deus. A verdadeira natureza da criação, presença eterna, origem e substância de tudo que quando permeia o corpo físico individual, é chamado Atman, Eu.
Atman é Brahman. Essa presença eterna, embora permeando o corpo, não age, mas é o agir do corpo; não vê, mas é o olhar do olho, não sente, mas é o sentir do corpo. Por Ele estar num corpo, a ignorância (avidya) produz a noção do Eu, Atma, limitado com as características e qualidades do corpo e o sentimento de ser agente da acção.
Da mesma forma, por causa do Eu estar em todos os corpos da criação, o véu da ignorância (Maya) faz parecer que há um Eu para cada corpo. Maya significa ilusão, artifício, encantamento. É aquele que produz aquilo que não existe. Como véu, Maya encobre a apreciação de nossa verdadeira natureza divina em relação ao Absoluto (Brahman), toda a criação é maya, é ilusória. Ela não se reconhece como sendo da mesma natureza do Absoluto e então confunde o mundo e o mundo parece real.
O cerimonial enriquece-se notavelmente sob a direcção dos brâmanes. Os cultos adquirem poder mágico. As ideias de Samsara e Karma, assim como as especulações filosóficas sobre a origem e destino do homem, nascem nesta altura.
O conceito de castas, herdado dos Vedas, converte-se na principal instituição da sociedade, sendo a casta mais elevada a dos Brâmanes.
A visão bramânica do mundo e tal aplicação à vida esta descrita no livro do Manusmrieti (Código de Manu), elaborado entre os anos 200 a.C e 200 da era cristã. Manu é o pai original da espécie humana. O livro trata inicialmente da criação do mundo e da ordem dos brâmanes; depois do governo e de seus deveres, das leis, das castas, dos actos de expiação e, finalmente, da reencarnação e da redenção. Segundo as leis de Manu, os brâmanes são senhores de tudo que existe no mundo.
Na época pós-védica, os Upanishads continuam a ter aceitação, mas os Brâmanas e os Sutras são considerados técnicas “escolásticas”. Nessa altura, os textos sânscritos que dão o tom são de dois géneros: os épicos (com as duas intermináveis epopeias do Ramaiana e o Maabarata, este último contendo o Bagavagita, ou “cântico ao bem-aventurado”, um dos mais comentados e os Puranas, ou «Antiguidades», compilações teológicas com pretensões históricas que florescerão até ao aos séculos XII e XIII da nossa era.
Ramaiana significa As Aventuras de Rama e relata em cerca de vinte e quatro mil estâncias, as façanhas do deus Vishnu, o Preservador, quando em sétima encarnação apareceu como o príncipe Rama, para salvar a humanidade.
Maabarata, ou A Grande História dos Irmãos, narra os acontecimentos de outra encarnação de Vishnu, como Críxena. São de difícil entendimento, expondo tanto a doutrina, quanto acontecimentos históricos do país. O Maabarata ficou famoso e até hoje é consultado, mesmo fora da Índia, devido ao relato do 18º dia de uma batalha, durante o qual o general Arjuna discute com seu cocheiro Críxena o significado da vida e da morte. Tal narrativa é conhecida como Bhagavad-Gita, ou Cântico do Bem Aventurado. Mahatma Gandhi dizia que quando as decepções o avassalavam e não conseguia vislumbrar nenhum raio de luz, recorria ao Bhagavad-Gita, único bálsamo para suas desesperanças.
Durante esta época, o sacrifício individual torna-se público, regulamentado pelo sistema de castas.
O antigo panteão não é abolido, mas transforma-se e esbate-se diante de Brahma. A religião acumula as especulações e tende evoluir em filosofia.
A noção de trindade, ou Trimurti, surge progressivamente. Brahma, o criador, Vixenu, o conservador e Shiva, o destruidor.
Brahma, o vermelho, cavalgando um flamingo, tornar-se-á cada vez mais abstracto.
Vixenu, desloca-se no seu pássaro mágico Garud, com cabeça humana, será cada vez mais popular, não só como conservador, mas também nas suas encarnações, quer como Krisna, o encantador deus flautista que seduz as pastoras, quer como Rama, o príncipe épico.
Shiva, montado no touro Nandi e cuja cabeleira deu origem ao Gamges, continua a ser o destruidor temível, senhor da morte e do erotismo, perito em magia e em Yoga.
Asceta ou gozador, é tão inquietante como algumas das suas mulheres (Kali, a sangrenta, será patrona dos Tugues estranguladores e exigirá sacrifícios de recém-nascidos). É ele quem, a cada aniquilamento, executa os passos de dança cósmicos que reconstroem os mundos. À parte desta Trindade, agita-se uma multidão fervilhante de deuses menores.
É dos textos védicos que procede o conceito fundamental do bramanismo: o de uma ordem universal, o Rita, que constitui a realidade, a verdadeira natureza das coisas, chamado Dharma, ao qual se opõem a desordem, Adharma.
O Rita é, pois, a lei natural que rege o universo e também todos os aspectos da vida do homem. Este deve agir sobre o universo através da invocação das divindades, mas sempre de acordo com o calendário que indica a correspondência entre os actos rituais e a vida cósmica.
O homem e a sua vida são encarados em analogia com o universo, sendo o seu corpo formado pelos mesmos elementos que a natureza: as suas partes sólidas correspondem à terra; os líquidos orgânicos à água; o calor corporal ao fogo; a respiração ao vento.
A doutrina específica dos Upanishads é a correspondência e relações entre as coisas. O Purusha, ou homem cósmico, é considerado em relação com a acção ritual (Yajna), e uma série de concordâncias são estabelecidas para reforçar essa noção de correspondência entre o microcosmo e o macrocosmo.
A semente de Prajapati (senhor das criaturas) é constituída pelos deuses (força da natureza). O produto dos deuses é a chuva, que por sua vez produz plantas, que fornecem alimento.
O produto da criatura humana, que opera de maneira semelhante a Prajapati, é o coração, considerado sede das funções psíquicas. O coração é o espírito (Manas), que produz a palavra, originadora da acção (Karma). Essa acção faz com que o homem se descubra como sendo o próprio Brahman. Assim, a filosofia Upanishads ensina o homem a buscar o Absoluto dentro do seu próprio coração, e a compreender a identidade básica entre o Brahman e a sua alma individual (atman).
Os Vedas estabeleceram vititakarma, acções e actividades, direccionando os deveres que cabem em cada situação. O objectivo de vititkarma é fazer com que o homem cultive a atitude adequada através da vida, apreciando o Criador, a ordem e a harmonia da Criação, encarando o mundo objectivamente e compreendendo que ao homem cabe a acção, mas os resultados, os frutos da acção cabem ao Criador.
Devido à ignorância da sua verdadeira natureza e consequentemente à não aceitação da harmonia da Criação e suas leis, o homem age influenciado pelos seus gostos e aversões, preso aos resultados das suas acções, ficando assim envolvido no ciclo de nascimentos e mortes (samsara).
Existem três tipos de Karma: Agmi Karma, Sanchita Karma e Prarabdha Karma.
Agmi Karma são os resultados das nossas acções actuais e futuras. Corresponder às sementes que serão plantadas por nós.
Sanchita Karma são todas as acções feitas em vidas passadas, acumuladas em estado potencial e que ainda não germinaram.
Prarabdha Karma são as situações que estamos vivendo neste momento, as sementes já germinadas, as acções que já produziram suas consequências, é o destino que não podemos modificar e sim aceitar.
A acção ou Karma depende do espírito e da palavra e confere a cada indivíduo o seu destino, que, se não for realizado na existência presente, se realizará numa vida futura.
A dissolução do corpo não acarreta a dissolução do espírito que, marcado pelas acções praticadas durante a vida que findou, experimentará existências futuras, em que viverá as consequências boas ou más dessas acções.
Samsara é a prisão daquele que está ligado aos seus gostos e aversões, agindo apegado aos frutos das suas acções, ignorando a sua verdadeira natureza. Este homem viverá acumulando Karmas e necessitará nascer muitas vezes até alcançar a maturidade que o orientará no sentido da libertação e o livrará do ciclo de nascimentos e mortes.
Prosseguirá indefinidamente, a menos que a individualidade consiga a libertação (moksha) do domínio dos actos, tomando consciência da sua identidade original com o Absoluto. A origem desta doutrina de reencarnação é uma influência da Índia védica.
Eliminar o samsara é descobrir a nossa verdadeira natureza divina, Brahma.
A noção introduzida pelos Upanishads é o despertar (bodhi) ou tomada de consciência da verdadeira natureza de si mesmo, que é o conhecimento (jnana) por excelência. Ensinam-se técnicas psicológicas de meditação e contemplação para se chegar a esse conhecimento (Yoga), bem como a meditação sobre a sílaba sagrada om ou aum, símbolo do Absoluto.
Os “sons-sementes” formados por uma única sílaba e que terminam sempre por uma nasal, om ou aum, que podem ser acompanhados por um breve verso comportando algumas sílabas com sentido bem claro, chamam-se Mantras.
O Mantra age sobre o espírito, permitindo ao praticante compreender o seu significado profundo. A sua constante repetição, sobretudo quando combinada com os pranayamas (técnicas respiratórias), contribui para suscitar um estado de transe e provocar uma iluminação mística.
Muitas vezes o Absoluto é expresso de maneira negativa, para indicar a impossibilidade de defini-lo através do intelecto e da linguagem conceptual.
(continua)
15 Comments:
ola augusto.
andava eu a ler ha dois dias o post anterior quando tu poes este que vai atrasar um pouco mais o meu comentario.
um bocadinho compridos, os textos,rsss, mas muito informativos, tornando-se por esse motivo uteis no acrescimo do nosso conhecimento.
quanto ao jantar,tenho pena de nao ter la estado.
mas vai dizendo como foi.
abraço da leonoreta
Caro Augusto, muito informativo este teu texto. Porém, rico em ensinamentos de como a humanidade tem vindo a lidar com o facto de ter uma mente que consegue ir muito além do que seria naturalmente de esperar. E por vezes sem qualquer causa aparente.
Abraços
Engraçado como os nascimentos, vindos de virgens e as trindades se repetem em quase todas as manifestões divinas!
Estou a achar que este tema é mesmo muito bom!
Beijinho,
Uma descrição muito agradável de seguir sobre o intricado?! (para outras culturas e fés) culto Brâmane.
Abraço.
Sempre a aprender, amigo Augusto.
Consigo, sempre.
Abraço
Augusto
Uma primeira leitura fez-me ficar expectante quanto à continuação. Já imprimi são textos a ler com vagares.
Continuas com o Hinduismo. Prefiro o Cosmos.
Obrigado pela visita.
Sempre completo e académico...
Diz-me uma coisa que nunca consegui dar resposta: achas que as várias doutrinas religiosa Indianas alguma vez poderão ser entendidas segundo o paradigma de um ocidental?
A mim parecem todas paradoxais e obedecendo a uma lógica circular.
Um abraço
Armando
Esplendido, amigo!
Cada semana que aqui venho, enriqueço meus conhecimentos através de teus textos... Um primor, vez que sao escritos com simplicidade, clareza e sem imposiçao, o que é tao importante...
Beijos, flores e muitos sorrisos, querido amigo! E um lindo fim de semana que já se aproxima! :o)
Bom dia Augusto. Finalmente arranjei um pouco de tempo para navegar, literalmente, no seu blog. Comecei por estes posts mais recentes, andei nas origens da vida e descobri nos arquivos, em Setembro de 2006, o Budismo. Bem haja pela partilha do seu saber, e como não ocupa espaço, vou continuar a passar por aqui, lendo e aprendendo consigo.
Ah, antes de ir, gostei muito de ler o post, no arquivo de Outubro, sobre classes sociais. Só não consigo inserir-me, com definição, numa só classe. Tenho características da classe média baixa, pobre remediado e pobre de menos recursos. Será dos tempos que correm, em que os ricos são cada vez mais ricos e a classe média quase desapareceu ou sobrevive agarrada a créditos bancários? Ou será porque sou benfiquista? :) Qualquer das maneiras deito-me tranquila e acordo serena, sem a cabeça a cogitar como pagar o cartão de crédito :)
Um abraço, voltarei brevemente, assim que possa, agora vou tomar uma aspirina e beber um sumo de laranja que a senhora dona gripe anda aqui a rondar-me.
como a vida....
que passa e rompe.tudo.
como tudo o que é raro. este gostar. de ti. e dela.
beijos.
voltei...ainda que devagar.
(ver profile do Piano)
abraço.
Vim responder ao seu comentário. Fui à procura do budismo, do qual conheço quase nada, depois de ler sobre o Bramanismo. E encontrei, tudo se encontra quando se quer. Quanto ao meu post, claro que era uma brincadeira, porque gosto tanto da palavra tença que não resisti. Se o Augusto me conhecesse melhor iria sorrir, sou a pessoa mais despojada que possa imaginar. Mas haveremos de conhecer-nos melhor, concerteza.
E agora vou seguir o rasto da minha doce Isabel, que já vi que aqui esteve. O Piano deixou de tocar, vou ver onde ela anda. Boa noite e um forte abraço.
Tal como outros já o disseram estamos sempre a aprender contigo. Mas eu venho sobretudo agradecer-te o cuidado sobre o meu estado de saúde. Ora bem por volta da época do Natal foi acometido duma forte crise de hemorroidal que me causou um enorme mal estar durante várias semanas obrigou a deslocar à urgência de Hospital São Francisco Xavier, onde o cirurgião que me observou requisitou uma consulta de proctologia para o mesmo Hospital o que face ao quadro existente só teria hipótese de a conseguir no próximo mês de Abril.Tratando-se dum caso urgente utilizei o recurso proporcionado pelo meu serviço através da Médis.
Uma primeira deslocação ao Hospital da Cuf e a recolha de opinião de um cirurgião geral. Mais uma consulta e um posterior exame (retrocospia)
para concluir algo cujo conclusão já havia chegado. Ou seja nem o SNS
nem os recursos médicos colocados à
nossa disposição através dos seguros funcionam capazmente. Ideia
posta de parte quanto à continuidade de utilização destes
recursos que só servem para empatar
Na próxima semana deslocar-me-ei a
um consultório particular dum especialista em proctologia onde espero ver o meu problema resolvido. Entretanto nestas andanças já lá vão quase 2 meses.
Como vês caro amigo assim como é que podemos experimentar melhoras.
Com um abraço do Raul
Depois de ler este posto, perguntei-me: que hei-de eu dizer?
Abraço
Paulo
Interessantissimo! Derivará daqui o nome do célebre rio?
1 Abraço
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