terça-feira, julho 01, 2008

O homem enquanto manifestação

Podem tentar explicar o tempo, estabelecer leis, que ele sem o homem não existe.
Podem tentar explicar o espaço, estabelecer leis, que ele sem o homem não existe.

A sua existência depende da existência do homem, pois é ele, e só ele, que define o que existe do que não existe, aquilo que a sua imaginação, macro ou micro, percepciona. Ambas são balizadas pelo seu cognitivo, que lhe limita a imaginação, porque imaginar implica conhecer, sem conhecimento é impossível imaginar.

Nenhum conhecimento pode existir fora da percepção cognitiva, nada faz sentido existir sem a percepção do homem, porque não se pode percepcionar o que não se conhece.

Toda existência é um equilíbrio harmonioso, do qual o homem faz parte, e que sem ele, seria o caos. A diferença entre o caos e a harmonia é a existência do homem, que compreende e define.

Do caos, chamemos-lhe assim, evolui-se para a harmonia, (a individualização, a interdependência, a interacção, a casualidade). Tudo se transforma ou evolui, como queiramos chamar, do mesmo, tudo é emanado, ordenado, nada “existe”, existência é o produto do que é imaginado, daquilo que julgamos ser, daquilo que queremos que seja, daquilo que queremos ser, do nosso sensitivo.

A passagem do insensitivo caótico ao sensitivo harmonioso, faz-se pela noção do bem e do mal, ou seja de um estágio supra sentimento, para um estágio fundamentado no sentimento, o homem.

Contudo, o homem em nada se diferencia do caos, mas sim uma manifestação do próprio caos, não por acaso, mas pela renovação, pelo nada voltar ao nada, onde a matéria não passa de uma ilusão do sensitivo, onde não há nada a pensar.